segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUEM SOU EU.

       
   Moro na cidade de Diamantino há 24 anos, sempre trabalhando com Educação. Sou formada em "Educação Artística" com Especialização em "Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial" atualmente dou aulas na Escola Estadual Irmã Lucinda Facchini. Antes já havia trabalhado com Projetos de Música nesta escola. Sou formada em Música, piano, mas já trabalhei dando aulas de canto, violão teclado. Gosto de ler livros e assistir a filmes, também cuido de animais (principalmente de cães) e de plantas.
        

Criar nos dá uma sensação de total liberdade e seja um resultado bom ou ruim, eleva nossa auto-estima.

sábado, 27 de outubro de 2012

PROJETO DO MILHO




Colheita de milho (chiquinha)
Até hoje ainda me lembro
Era manhã de setembro
O sol com intenso brilho
Eu na frente abrindo as covas
Chiquinha, menina nova
Vinha atrás plantando o milho
O sol dava um bronzeado
No seu corpinho rosado
Lhe dando uma cor morena
Cada grão que ela plantava
Uma esperança brotava
Como brota uma açucena
A natureza não erra
E os grãos rachando a terra
E o broto nasceu robusto
Em cada braça do eito
Coração roçava o peito
Como o vento no arbusto
O milho cresceu depressa
Parecia uma promessa
Na minha boca granando
E no tempo de colheita
Chiquinha, menina feita
Era espiga se empalhando
Numa tarde de pamonha
Eu sem jeito, com vergonha
Já pressentia o perigo
Fui buscar no milharal
Mais milho para o curau
E Chiquinha foi comigo
Quebrando milho na chuva
Eu tropeçava nas curvas
Do seu corpinho molhado
Debaixo do pé de milho
Como espigas no atilho
Ficamos os dois atados
Passou o ano e desta feita
Vamos ter duas colheitas
O tempo foi bom pro milho
Enquanto crescem as espigas
Chiquinha cresce a barriga
Pra colhermos nosso filho


A LENDA DO MILHO
Há muitos anos havia uma grande tribo cujo chefe era um velho índio.
Era um índio muito bom e que estava sempre preocupado com a felicidade da sua tribo.
Um dia, sentindo-se muito cansado e doente, pressentindo que estava para morrer, chamou os seus filhos e disse-lhes que quando morresse o enterrasse no meio da oca. E disse-lhes mais:
-- Três dias depois de me enterrarem, surgirá de minha cova uma planta bem viçosa que depois de algum tempo produzirá muitas sementes. Quando virem a planta crescer e as lindas espigas aparecerem, não as comam, guardem-nas e plante-as.
Os dias se passaram, o velho índio morreu e os filhos fizeram-lhe tal qual o pai ordenara.
E como o velho índio dissera, surgiu de sua cova uma linda planta com belas espigas cheias de grãos dourados.
Os índios ficaram contentes, a tribo enriqueceu e passaram então a cultivar o milho com muito carinho. E assim surgiu o milho, diz a lenda.
A Lenda do Milho       
Escrito por Maria Luiza Freitas Guimarães    
Tema: Festa de São João - adaptação livre em verso


Há tempos que há muito se foram,
dois índios amigos viviam
em busca da caça e da pesca
e todos os seus bens repartiam.

Num dia houve extrema escassez,
a pesca e a caça sumiram,
rezaram ao Deus Nhandeyara
e um novo alimento pediram.

Então numa noite escura
em meio a um clarão prateado,
surgiu um valente guerreiro
por Nhandeyara enviado.

“Tereis vós o vosso alimento,
mas antes tereis que lutar
e aquele que for o mais forte
ao outro irá sepultar”.

Avaty, que era o mais fraco,
no embate foi derrotado
e, pelo seu fiel amigo,
seu corpo foi enterrado.

O pranto de dor do amigo
a cova de Avaty regou,
e um dia, em pleno inverno,
uma verde folhagem brotou.

E nela, espigas doiradas,
suculentos grãos escondiam,
cabelos de luz encarnada
que à luz do sol reluziam.

O nutritivo cereal
passou a ser cultivado
e, em homenagem ao Índio,
de Avaty foi chamado.

E aqui nesta noite tão bela
onde reina amor e união,
vem saborear Avaty
E celebrar o São João!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Geometria e Arte...



Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
.  Identificar elementos geométricos utilizados na arte indígena.
.  Aplicar conceitos de planificação, textura e cor a partir da arte indígena.

Duração das atividades
4 aulas (60 minutos)

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Conhecimentos básicos de geometria e arte.

Estratégias e recursos da aula
Para começar essa aula, o professor pode solicitar aos alunos que tragam diferentes artesanatos indígenas como: balaios, cestas de diversos tamanhos, chocalhos, arco e flechas, chapéus, entre outros. Se não for possível, o professor pode buscar em diferentes meios (recortes, revistas, web...), imagens que configurem os artesanatos. 


 
Atividade 1 – Observação (manuseio) dos artesanatos
Organizar os alunos em grupos. Distribuir a cada grupo um número de artesanatos. O professor pode solicitar à turma que observe ou manuseie os diferentes artesanatos. Destacando que cada um possui características próprias, não se repetindo em trabalhos seguintes. Ao analisar cada artesanato, os alunos devem destacar o que observam. Nesse momento o professor pode fazer considerações apontando elementos de uso da Matemática, da Arte, da Educação Física, da História, entre outras, etc., nas linhas, nos traços, nas figuras geométricas formadas, na coordenação motora fina, nos detalhes minuciosamente traçados para formar as figuras e os desenhos.   
Após a conversa, o grupo deve escolher um dos artesanatos para destacar elementos geométricos presentes:

Por exemplo:
a)      Destacar tipos de retas: paralelas, concorrentes e/ou perpendiculares. 




b)      Identificar as figuras que compõe o artesanato: Por exemplo: 



c)      Planificar a composição dos desenhos do artesanato. A criação de padrões, formas e cores repetidas regularmente é algo frequente no artesanato indígena. Fazer esse exercício planificando no papel o que visualizam no artesanato. Por exemplo: 



Obs. Na planificação o professor pode aproveitar para explorar conceitos de área, perímetro, ângulos, simetrias e outros conceitos que achar conveniente. Cabe destacar que cada desenho é construído sem qualquer modelo ou imagem, mas construído a partir dos conhecimentos adquiridos a partir da observação na natureza. A confecção do artesanato é geralmente executada pelas mulheres indígenas, sempre cercadas por seus filhos, que aprendem pela visualização, passando os conhecimentos de geração em geração. A combinação de cores utilizadas nas composições, são igualmente desenvolvidas sem nenhum conhecimento formal.

Atividade 2
Propor aos alunos criarem uma composição similar à desenvolvida nos artesanatos. Para a composição, combinar diferentes figuras e cores. Pode ser feito com vela branca e uma solução aguada de tinta guache.  

Atividade 3
Professor, para aprofundamento do tema discutido na aula, acesso o link: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/14381 e baixe o vídeo Arte indígena [Por dentro da escola]sobre o Projeto Arte Indígena Matemática para assistir com os alunos.

Atividade 4
Os professores junto aos alunos podem visitar uma aldeia indígena, para se comparar como vivem os índios e os filmes a que assistiram. Podem descrever a visita e também tirar fotos para documentar.

Avaliação
A avaliação deverá ser diagnóstica, processual e continua, ou seja, realizada ao longo de todas as aulas.
Critérios a serem observados:
- Participação na atividade inicial. Trouxe materiais? Colaborou com os colegas?
- Desenvolvimento e realização das atividades? Participou? Raciocínio adequado? O aluno foi argumentativo?
- Participação no desenvolvimento do contexto geral da aula.
- Nas atividades de vídeo. Participou? Interagiu?